domingo, 15 de setembro de 2013



Setembro é um mês de comemorações na minha vida. Mas a de hoje é a mais antiga de todas. Desde que nasci que a comemoro. Quando eu nasci a minha irmã já tinha 7 anos. Ela ganhou uma bonequinha e eu ganhei uma âncora para toda a minha vida. 
Desde as minhas mais antigas memórias que ela está sempre presente. Lembro-me bem de quando me vestia os collants de manhã antes de ir para a escola, puxava-os de tal maneira que me punha a saltar em cima da cama e a rir à gargalhada. Lembro-me bem de me contar a história do cão taralhoco que era sopinha-de-massa e que fugia da bruxa, na tentativa falhada de me tentar adormecer. Lembro-me bem das vezes que me levava a passear à fonte dos corações à chuva apenas para que eu não ouvisse as discussões dos meus pais. Lembro-me bem de ir ter com ela a Leiria nas férias da páscoa e fazer-lhe companhia nas piscinas a dar entrada aos atletas do Bairro dos Anjos. Lembro-me bem de, ainda em Leiria, demorarmos uma hora do centro até à casa dela tal era a minha ressaca. Lembro-me bem de me ir embora e ficarmos as duas a chorar. Lembro-me bem de, mesmo quando já cada uma tinha o seu quarto, dormirmos as duas juntas. Lembro-me bem de ficar a chorar que nem uma condenada, enquanto ouvia o i wanna run to you da Whitney Houston ao domingo quando ela ia para a faculdade. Lembro-me bem de ir fazer a minha primeira tatuagem e de ela estar em cima do tatuador para ver se estava tudo esterilizado. Lembro-me bem do dia em que casei que ela me ajudou a vestir e me maquilhou enquanto chorávamos ao som do wonderful tonight do Eric Clapton e lembrávamos o quanto o Pai gostaria de estar connosco naquele momento. Lembro-me bem de a ver chegar à MAC no dia em que o Santiago nasceu, eram 9 da noite e ela veio sozinha, disparada das caldas só para nos ver. Lembro-me bem que durante toda a vida dela me protegeu e me cuidou como uma mãe, conversou comigo como uma amiga, e abraçou-me como uma irmã. 

Lembro-me de tudo mana. Mesmo do que achas que possa não me lembrar. Sem ti eu não seria metade do que sou hoje, os anos de psicoterapia ajudaram mas foste tu que me salvaste. Olho para ti e admiro-te. Mesmo mana. Tenho tanto orgulho em dizer que és a minha irmã que até acho que cresço uns centímetros. Tu sempre me puseste em primeiro lugar, mesmo nos nossos momentos mais negros a tua preocupação era sempre comigo. Eu sei disso mana, eu lembro-me muito bem. Jamais esquecerei e jamais terei como agradecer-te. És uma grande mulher. Tenho a certeza que o Pai se orgulha muito da sua menina e que tal como eu te agradece por tudo o que fizeste por mim. 

E agora, emocionada com todas estas lembranças, dou-te os parabéns. Feliz aniversário Irenea. Nasceste há 37 anos, enviada por Deus para me proteger.

sexta-feira, 13 de setembro de 2013



Todas as pessoas apaixonadas acham que a sua história de amor é a mais bonita e digna de um filme. Lamento informar-vos, mas a minha é que é. 

Conheci o Rui há 15 anos. Vi-o pela primeira vez no Sítio da Várzea, meio sentado naquela espécie de banco que havia do lado esquerdo da pista. De copo na mão e com uma camisa aos quadrados arregaçada nas mangas. Tão giro. Não falei com ele nessa noite, mas disse-lhe tanta coisa. Disse-lhe tudo o que os Cheap Trick dizem no i want you to want me, e ele disse-me o mesmo a mim. Só voltei a vê-lo no fim desse verão, no mesmo Sítio. Quem me conheceu na adolescência sabe bem que era tudo menos bem comportada, enchi-me de coragem e de umas vodkas morango com sumo de limão e fui falar com ele. Desde aí nunca parámos de conversar. Mas eu tinha 14 anos e ele tinha 23, mesmo com toda a artilharia que usava nas saídas à noite para parecer mais velha, eu tinha 14 anos. Nunca lhe menti na minha idade mas também só lhe disse quando ele me perguntou. Depois disso ainda falámos algumas vezes. Acredito que tenha sido assustador para ele, mas eu era a miúda que tinha conquistado o gajo mais giro das Caldas com quem todas as amigas da minha irmã mais velha queriam namorar. Fiquei com um ego gigante. 

Fomo-nos encontrando de tempo a tempo por casualidades da vida que fazia questão de nos juntar. Ficámos amigos, amigos mesmo. O Rui sempre ouviu os meus mais diversos desabafos e nunca me julgou nem uma única vez, acho que até achava graça à minha maneira diferente de vestir e irreverente de ser. Sempre adorei as nossas conversas, adoro-as até hoje. 

Mais uma vez uma casualidade da vida voltou a juntar-nos no tempo e no espaço. Mas desta vez ele tinha 33 anos e eu já tinha 23. Já não precisava de artilharia para parecer mais velha, até porque ele parecia que tinha 23. Durante uma fase complicada da vida de cada um de nós fomos confidentes um do outro. E ele voltou a não me julgar, aliás, ele foi o único que não me julgou. As nossas conversas eram intermináveis e podiam passar de choro a riso no mesmo segundo. Estávamos a apaixonar-nos outra vez. Eu não queria acreditar, e ele também não. Chegámos à conclusão idiota de que não estávamos apaixonados, o que sentiamos era apenas fruto da nossa fragilidade. Que idiotas. Afastámo-nos por um tempo. Mas o tempo estava a nosso favor desta vez. Lutámos contra o que sentiamos e depois lutámos pelo que sentiamos. Lutámos contra tudo e contra todos. Todos achavam que não ia durar. Isto de ser uma adolescente rebelde numa terra pequena onde toda a gente sabe o que fazemos pode ter as suas repercussões. Eu era a menina bonita, mas não servia para casar. Agarrámo-nos um ao outro e foram poucas as pessoas que se agarraram a nós, foram poucas mas agarraram-nos com muita força. Desta vez não havia nada que nos pudesse separar. Nem a idade, nem as pessoas. 

Eu tinha 24 anos e ele 34 feitos há 2 dias. Casámos na praia e de chinelos com todos os nossos queridos, os que nos agarram e os que nem por isso. Foi um casamento digno do fim de uma comédia romântica, daqueles filmes que quando acabam estamos a chorar e a sorrir ao mesmo tempo. Desde então já vivemos em 3 casas diferentes em 3 cidades diferentes. Já fomos a 3 continentes diferentes e a muitas cidades diferentes. Mas a nossa paixão está igual.  

Eu tenho 29 anos e ele 39 feitos há 2 dias. Somos felizes, ao contrário de todas as previsões. Felizes e apaixonados. Ainda temos conversas intermináveis e ainda somos confidentes um do outro. Temos o filho mais lindo do mundo. Um menino que é o fruto da nossa história. Um menino que nos enche de orgulho cada vez que canta as músicas dos Ramones no seu inglês com sotaque escocês. Temos um novo bebé, mas desta vez de quatro patas. Um bebé que nos segue para todo o lado e quando paramos se deita nos nossos pés. Somos uma família. Somos uma família que começou no verão de 1998, no Sítio da Várzea, na primeira vez que vi o Rui.



  

terça-feira, 10 de setembro de 2013




Enquanto que na comunicação social se recorda a tristeza do 11 de Setembro de 2001, na minha casa comemora-se a felicidade do 11 de Setembro de 1974. É o aniversário do Rui. Acabadinho de chegar com a revolução, este ano não lhe podia assentar melhor. Desde que o conheci, vai para mais de 15 anos, que todos os anos lhe dou os parabéns. Nos tempos em que éramos amigos, nunca lhe faltei com uma mensagem neste dia. Agora que somos casados (really?!?!)conto os minutos até à meia-noite para lhe dar os parabéns. Gosto tanto. Gosto tanto de lhe cantar os parabéns, só de mim para ele. Gosto tanto dele. Gosto do seu sentido de justiça que é capaz de o levar os 127 batimentos cardiacos em repouso quando alguma coisa vai contra o que acha que é correcto. Gosto tanto da maneira como olha para mim quando estou a sair da bomba de gasolina com o maço de tabaco na mão e vejo-o a observar-me como se estivesse a ver-me pela primeira vez. Gosto tanto da maneira como se ri quando lhe chamo Zé Bacardi. Gosto tanto como defende a sua família com unhas e dentes como aprendeu com o Don Corleone. Gosto tanto de o ver a surfar com a sua prancha colorida que se destaca de todas as outras, com o seu estilo clássico e fluido como se estivessemos em 1970. Gosto tanto de o ver a dançar em pleno Tóquio a música dos Xutos que canta sempre com as mesmas palavras e entoação. Gosto tanto quando no mesmo Tóquio me puxa para dançar o Kiss do Prince enquanto toda a gente nos observa com aquele olhar de estes começaram a namorar hoje. Gosto tanto quando me beija, e beija-me sempre com a mesma paixão do nosso primeiro beijo.  Gosto tanto quando se entusiasma por descobrir uma banda nova que ainda ninguém conhece. Gosto tanto quando se chateia porque já toda a gente ouve essa banda mas foi ele que a descobriu. Gosto tanto da maneira como fala das bandas, de como começaram, de quando entrou e saiu o 1º, o 2º, o 3º e 4º baterista, de como se chamavam todos e do que morreram. Gosto tanto quando se surpreende a ele próprio por saber tanto sobre tantas coisas, e sabe mesmo. Gosto tanto de o ouvir dizer que ama a nossa família e que é muito feliz por nos ter. Gosto tanto de o ver a brincar aos super-heróis com o Santiago e ouvi-los fazer sons que eu desconhecia completamente até então. Gosto tanto da meneira como ele gosta de mim, de como eu sou, sem nunca me querer mudar nem um bocadinho. Gosto tanto quando ele diz ao Santiago: "és o meu melhor amigo", com um amor como nunca antes visto. Gosto tanto quando ele se emociona a ouvir o Santiago a falar do avô Anselmo e do avô Ireneu. Gosto tanto dele. Gosto tanto dele tal e qual como ele é, igualinho, a todas as horas e a todos os minutos e todos os dias. Gosto mesmo. Parabéns ao grande amor da minha vida, Rui. O meu 11 de setembro é de comemoração por tudo isto e por tantas outras coisas que gosto tanto nele.  

sexta-feira, 23 de agosto de 2013


Tenho 15 anos de coisas para te dizer. Tenho coisas para te dizer que não vais acreditar. 15 anos são muitas coisas. Às vezes coisas a mais e às vezes coisas a menos. Quem casou com quem, quem está gordo, quem está magro, quem tem filhos, quem são as manientas que viraram sopeiras, e as sopeiras que viraram estrelas. Quem deixou de ir à Foz, eu deixei de ir à Foz.Já ninguém passa férias na Foz. O Sitio fechou e nunca mais abriu. Os nossos melhores amigos, nunca mais falei com eles. Sei que uns estão bem e outros estão mal, mas raramente os vejo. O nosso grande amigo deixou de me falar, não sei porquê e agora também já não quero saber, já foi há tanto tempo. Não há tanto tempo quanto o tempo das coisas que tenho para te dizer. Mas já foi há muito tempo. Já não vivo nas Caldas. Nem tenciono voltar a lá viver. Tenho um filho. Um filho. O mais lindo de todos, daqueles reguilas que tu achas graça. Casei com o Rui. Achas normal? É mesmo verdade. Foste minha madrinha. Tenho saudades tuas miúda. Mesmo. Apetece-me agarrar no telefone ao fim do dia e ligar-te. Ligar-te para falarmos do que aconteceu no liceu. Apetece-me ligar-te para saber se o teu pai te deixa ir ao Daiquiri e para te dizer como estão as negociações cá em casa. Apetece-me abraçar-te e contar-te tudo, tudo o que tenho dentro de mim que só seria capaz de te contar a ti. A ti e a mais ninguém. Há uma parte de mim que terá sempre a mesma idade que tinha há 15 anos atrás. Há uma parte de mim que ficará para sempre lá para ficar sempre contigo. Iolanda.  



photo by tlis

quinta-feira, 18 de julho de 2013


Quando era garota era fã incondicional do Michael Jackson (e ainda sou!). Quem me conheceu por esses tempos lembra-se com certeza. As paredes do meu quarto não tinham espaço livre tal era a quantidade de posters e recortes da Bravo que lá estavam colados. Na t-shirt que os meus primos me trouxeram do concerto dele em 92 cabiam 3 iguais a mim, mas vestia-a praticamente todos os dias. Ainda a guardo. O meu Pai não me autorizou a ir com eles, fiquei tão triste que acho até que ele se arrependeu. O MJ era meu amigo. Imaginava-me a passar férias no NeverLand Ranch, conversávamos sobre música e visitávamos os animais que ele lá tinha. Eramos mesmo amigos.

À medida que fui crescendo fui ganhando outros amigos, um deles é o Zé. Tornei-me amiga do Zé na faculdade. Fui à FNAC à procura de um livro para ler, sem a ideia de que para além de trazer de lá um livro iria também fazer um amigo. Depois de algum tempo a passear pelos corredores e a ler os resumos das lombadas dos livros (isto deve ter algum nome técnico que eu desconheço...) encontrei um que me chamou a atenção. Morreste-me. E como diria o Jerry Maguire you had me at hello! Morreste-me é muito mais do que alguém que amamos morrer, é essa pessoa morrer de tal maneira que a morte nos chega às entranhas. E era mesmo isso que me tinha acontecido. O meu Pai não morreu só, ele morreu-me, morreu-me até às entranhas.  Apróximamo-nos das pessoas que têm coisas em comum connosco, dizem os mestres da Sociologia e a minha vida também. E foi assim que conheci o Zé. Comecei a ler o livro no metro mas não conseguia segurar as lágrimas e achei melhor lê-lo quando chegasse a casa. E nunca mais chegava a casa. Parecia o meu filho quando o pai lhe diz: quando chegarmos a casa vamos andar de skate, o garoto vai o caminho todo: já chegámos, já? Chorei baba e ranho, mesmo, e como eu gosto de chorar. Gosto de me emocionar. Pela primeira vez alguém conseguia explicar por palavras o que eu senti, sinto e sentirei o resto da minha vida. Parecia que o Zé tinha entrado no meu cérebro, descodificado as minhas emoções e depois tinha escrito um livro sobre isso. E foi assim que conheci o Zé. O livro que comprei nesse dia já não o tenho, ofereci-o a alguém na esperança que compreendesse o que eu senti, sinto e sentirei. Comprei outro igual. Mais tarde ofereci-o a alguém a quem sabia que iria ter exactamente o mesmo impacto que teve em mim. E teve. 

Há uns meses fui com a canalhada toda ao parque de insuflaveis. A loucura devo confessar. Com o entusiasmo de ver o entusiasmo do meu garoto de 2 anos destemido a andar naqueles escorregas passo apressada por uma cara que me parece familiar. Era o Zé, o meu amigo. Nesta altura ele ainda não sabia que era meu amigo mas eu não me contive e tive que lhe ir dizer. Agarrei no Santiago por um braço, o Rui com a camara em punho, enchi-me de coragem e fui falar com o Zé. Achei que ele deveria saber que o que ele faz é muito bom e que mudou a minha vida e que ele era meu amigo. Estava tão nervosa que não lhe consegui dizer tudo o queria. Disse-lhe que estava a ler o Abraço, mas queria ter-lhe dito que chorei com a carta que ele escreveu para o filho, que me revejo na forma como ele admira as pessoas que o rodearam enquanto cresceu, que conheço Galveias sem nunca lá ter estado. Perguntou-me o meu nome e tratou-me por tu, eu era amiga dele há muitos anos mas ele só me estava a conhecer naquele instante. Acho que ele ficou contente por saber que eu era amiga dele há muito tempo, eu fiquei contente por lho dizer. Grande Zé, és meu amigo. 

quarta-feira, 12 de junho de 2013


A minha mudança para a Ericeira trouxe-me tanta coisa boa. Uma casa mais espaçosa, um terraço para beber uns copos, um parquinho mesmo à frente de casa para o meu filho descarregar energia, uma distancia a pé da praia ainda mais curta, o cheiro a maresia, a possibilidade de ver o mar enquanto janto na minha sala... mas trouxe-me também a possibilidade de fazer uma coisa que quero desde garota. Pois bem, enquanto as outras meninas sonhavam em ser princesas, bailarinas e fadas eu cá sonhava em ser carpinteira. Mas este sonho não veio do nada, não veio não senhor. Como filha mais nova e encomendada já fora de época que sou, seguia o meu Pai para todo o lado. Almoços com os seus clientes e amigos e idas ao Daiquiri. Sendo ele um workaholic a sua vida social era reduzida. Mas o que eu mais gostava era quando ele se punha na garagem a fazer e restaurar móveis. Ai o que eu gostava. Tinha a sua mesa de trabalho, daquelas de carpinteiro à séria (o meu sonho de consumo até hoje), e as suas ferramentas todas penduradas. Uma verdadeira obra de arte. Ora, eu como boa menina do Pai passava lá horas com ele a vê-lo trabalhar. Quando tinha sorte ele dava-me uma tábua que já não tinha propósito para pregar uns pregos. Ai o que eu gostava de pregar pregos naquelas tábuas. E com martelos verdadeiros, não como o do Manny Mãozinhas que o meu filho tem. Mesmo depois de crescida e já com canudo na mão (como ele tanto queria), trabalho e mãe de filho, este sonho nunca me abandonou. Nem o sonho nem a imagem do meu pai a fazer e restaurar móveis na sua mesa de carpinteiro. Quando me mudei para a Ericeira cismei que era desta. Ainda não tenho uma mesa de carpinteiro à séria mas já está na lista do Pai Natal. Fui às lojas da especialidade e vim de lá cheia de sacos e com a carteira muito mais leve. Ela foi tintas, primários, máquinas lixadeiras, lixadeiras manuais, pregos, parafusos, tudo o que tinha direito para me iniciar na arte. Comecei pelo restauro, há que sonhar alto mas há também que saber que se deve aprender a arte da carpintaria com projectos mais pequenos. E com um sofá de pallets para o terraço abri as hostilidades. Ficou bonito. O meu mestre teria ficado orgulhoso. Acho que até gostaria de beber o seu whisky de malte lá sentado.

primeiro dia de escola

Mas que difícil que é para mim dar este passo. Sempre achei que alguém que se lembra de fazer um blog tem obrigatoriamente que ter alguma coisa de interessante e de diferente a dizer, de blogs de coisas fofinhas-queridas-cocós-chichis-pseudo-intelectuais-de-esquerda-e-de-direita-super-fashion-e-notsomuch está o inferno do mundo online cheio. E é para lá que provavelmente este irá também. No entanto resolvi que era chegada a hora. Numa época do ano de datas muito pouco festivas da minha história, que coincidiram com o inicio da concretização de um sonho que tenho desde garota, resolvi ir ao meu primeiro dia de escola do mundo dos e das poetas online que há por esse mundo fora.  Afinal se há tanta gente a dizer o que bem lhe apetece por que não juntar-me ao grupo? Sempre fui uma mulher do povo,  e o povo é quem mais ordena.